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logstash.md

File metadata and controls

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Logstash

O Logstash tem a função básica de receber dados de diferentes fontes, fazer a transformação desses dados (ou não) e então, realizar a inserção no Elasticsearch. As fontes de dados podem ser inputs manuais, logs de sistema operacional (como o "/var/log/messages"), logs de aplicação ou qualquer "outra coisa" que possa ser lida.

Como fonte de dados, vamos utilizar o Web Server mais famoso do mundo, o Apache HTTP server. Faça a instalação do Apache utilizando o gerenciador de pacotes da sua distribuição Linux:

sudo dnf install httpd

Após realizar a instalação, faça a subida do processo:

systemctl start httpd

OBS: Em algumas distribuições o Apache já vem instalado por default, em outras o nome do pacote pode ser diferente. Isto pode alterar a forma de instalação e de subida do processo. Na dúvida, dê uma pesquisada rápida no Google que você encontrará a resposta :)

Para testar se está tudo ok com o seu Apache, acesse o endereço "http://localhost:80" no seu browser. Se aparecer a página do Apache, significa que tudo deu certo com a sua instalação.

Em distribuições baseadas em Red Hat, as logs do Apache são armazenadas no diretório "/var/log/httpd". Sendo assim, vamos criar o arquivo de configuração do Logstash para ler as logs deste diretório. Caso você esteja utilizando uma distribuiçao diferente, as logs podem estar em outro caminho (possivelmente em "/var/log/apache2", mas dá uma olhada ai que você acha fácil) . No diretório de instalação do Logstash, vá até o caminho "/config", crie o arquivo "logstash-apache.conf" e cole o conteúdo abaixo:

input {
  file {
    path => "/var/log/httpd/*_log"
    start_position => "beginning"
  }
}

output {
  elasticsearch {
    hosts => ["localhost:9200"]
    index => "apache"
  }
  stdout {}
}

Os arquivos de configuração do Logstash possuem 3 seções:

input: Aqui, configuramos todas as entradas dos dados. Estamos utilizando o plugin "file", que é utilizado para a leitura de arquivos (really ?). Existem diversos plugins configuráveis como "http", "github", "jdbc" e etc (caso queira ver a listagem completa acesse este link). Dentro da configuração do plugin "file", estamos informando o diretório onde o Logstash fará a leitura dos arquivos (a expressão "*_log" significa que todos os arquivos que terminem com "_log" serão lidos), e também em que posição ele iniciará leitura dos arquivos. Como estamos utilizando a opção "beginning", o Logstash fará a captura de todo o conteúdo do arquivo desde a primeira linha. Caso utilizassemos a opção "end", o Logstash iniciaria a leitura do arquivo após a última entrada feita, ou seja, só as novas informações incrementadas no arquivo seriam lidas, ignorando o conteúdo anterior. De qualquer forma, estas duas opções só modificariam o comportamento inicial do Logstash com os arquivos.

filter: Não estamos utilizando esta opção no nosso arquivo de configuração, mas nesta diretiva podemos configurar diversos filtros para realizar a transformação dos dados antes de serem indexados no Elasticsearch.

output: Nesta opção, configuramos o destino dos nossos dados. Estamos utilizando o plugin de saída para o endereço do nosso Elasticsearch, informando o index "apache" que será utilizado para o armazenamento das nossas logs. Também estamos utilizando o plugin "stdout" para direcionarmos a saída do processo do Logstash quando o executamos. Ao subirmos o processo, iremos direcionar esta saída para o arquivo "nohup.out". É apenas uma forma de mapear o que nosso processo está fazendo em forma de log.

Atenção ! Vai rolar uma gambiarra agora... mas não se preocupe, é apenas para facilitar a sua vida. Como as logs do Apache são geradas em um caminho onde os usuários comuns não tem acesso, vamos precisar alterar o owner da instalação do seu Logstash para o "root". Caso contrário, teríamos que fazer algumas alterações no Apache ou/e em outras coisinhas chatas que só atrasariam o foco do nosso aprendizado e bla bla bla. Sendo assim, altera ai vai... tem ninguém olhando não:

$ ls -ltr
drwxr-xr-x. 12 alefeans alefeans 4096 dez  4 05:57 kibana-5.6.5-linux-x86_64
drwxr-xr-x.  9 alefeans alefeans 4096 jan  9 13:47 elasticsearch-5.6.5
drwxr-xr-x. 12 alefeans alefeans 4096 jan 16 12:40 logstash-5.6.5

$ sudo chown -R root:root logstash-5.6.5/
$ ls -ltr
drwxr-xr-x. 12 alefeans alefeans 4096 dez  4 05:57 kibana-5.6.5-linux-x86_64
drwxr-xr-x.  9 alefeans alefeans 4096 jan  9 13:47 elasticsearch-5.6.5
drwxr-xr-x. 12 root     root     4096 jan 16 12:40 logstash-5.6.5

Agora, vá até o diretório "/bin" da instalação do Logstash e execute o comando abaixo para iniciá-lo. Não se esqueça de executá-lo com o usuário "root":

nohup ./logstash -f ../config/logstash-apache.conf &

Utilizamos o parâmetro "-f" para informar ao Logstash o arquivo de configuração que criamos. Feito isso, vamos validar o nosso index "apache" no Kibana:

Agora conseguimos visualizar todas as requisições feitas ao nosso servidor Web pelo Kibana ! Caso você não esteja visualizando nenhum dado, certifique-se de alterar o filtro de tempo no canto superior direito, ajustando com a data em que a entrada dos dados foi feita. É interessante também configurar um refresh automático para visualizar a entrada dos dados em real-time.

Faça algumas requisições ao seu Apache acessando o endereço http://localhost:80 e http://localhost:80/bla (para forçarmos um erro em nossas logs) ou simplesmente execute o script requests.sh, para gerarmos uma massa de dados em nosso index:

nohup ./requests.sh &

OBS: O script está apontando para o endereço localhost, então caso esteja utilizando mais de um servidor para as atividades deste repositório, certifique-se de executá-lo no servidor onde o seu Apache está executando.

OBS²: Executamos o script em background, pois o mesmo demora um pouquinho para finalizar sua execução. Caso queira aumentar a massa de dados, é só repetir a sua execução.

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