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[[Lord of the Files: How GitHub Tamed Free Software (And More)]]
O senhor dos arquivos: Como o GitHub domesticou o Software Livre (E Mais)
[[By Robert McMillan, Wired Enterprise]]
por Robert McMillan, Wired Enterprise
[[SAN FRANCISCO — When the founders of GitHub moved into their swank South-of-Market loft last year, the first thing they did was redecorate. They turned the floor’s biggest office into a parody of an executive suite — complete with fake fireplace, plush leather chairs, and a wooden globe that slides open to reveal a bottle of single malt scotch. Hanging from the wall is a painting of a cat, dressed as Napoleon, with five octopus-like legs. They call it the Octocat.]]
SÃO FRANCISCO — Quando os fundadores do GitHub se mudaram para um loft ostentador no bairro South-of-Market ano passado, a primeira coisa que fizeram foi redecorar. Eles transformaram o maior escritório do andar em uma paródia de uma suíte executiva — com direito a uma lareira falsa, cadeiras de couro peluciadas, e um globo de madeira que ao ser aberto revela uma única garrafa de uísque de malte. Na parede uma pintura de um gato, vestido como Napoleão, com pernas de polvo. Eles chamam de Octocat.
[[The point is that it’s not an executive suite. It’s a communal meeting room where anyone can hang out with anyone else, get some work done, and have a little fun at the same time.]]
O ponto é que não é uma suite executiva. É uma sala de reuniões onde qualquer um pode passar o tempo, trabalhar, e ter um momento de diversão ao mesmo tempo.
[[“Everybody can bring their friends into that room and sort of impress them and stuff,” says Scott Chacon, GitHub’s CIO co-founder. You see, Chacon and CEO Chris Wanstrath and the rest of the executive team don’t have private offices. They work on the open floor next to the coders, glued to monitors with the rest of the staff, listening to LCD Soundsystem. Loud.]]
“Todos podem trazer seus amigos naquela sala e impressionar eles e tal,” diz Scott Chacon, CIO e co-fundador do GitHub. Veja que Chacon e o CEO Chris Wanstrath e o resto do time executivo não possuem escritórios privados. Eles trabalham em um andar aberto, perto dos desenvolvedores, colados a monitores com o resto do time, ouvindo LCD Soundsystem. Bem alto.
[[GitHub’s geektastic 14,000-square-foot loft mirrors its mission: to democratize computer programming. GitHub.com is best thought of as Facebook for geeks. Instead of uploading videos of your cat, you upload software. Anyone can comment on your code and add to it and build it into something better. The trick is that it decentralizes programming, giving everyone a new kind of control. GitHub has shaken up the way software gets written, making coding a little more anarchic, a little more fun, and a lot more productive.]]
O loft de 14mil metros quadrados do GitHub reflete a sua missão: democratizar a programação de computadores. GitHub.com pode ser visto como um Facebook para geeks. Ao invés de fazer upload de vídeos do seu gato, você faz upload de software. Qualquer um pode comentar o seu código fonte, alterar e ainda construir algo melhor em cima dele. O truque é que ele descentraliza a programação, dando a todos um novo tipo de controle. GitHub agitou a forma como software é escrito, fazendo a tarefa de codificação ficar mais anarquica, um pouco mais divertida, e bem mais produtiva.
[[And the software world loves it. GitHub now has more than 1.3 million users, and over 2 million source code repositories — eight times the tally from just two years ago. If you count snippets of code and Wiki pages that are stored on the site, there are more than 4 million repositories. Two years ago, GitHub was a team of eight, holding company meetings in San Francisco cafes. By the beginning of 2011, they’d grown to 14 “hubbernauts” — as GitHub employees are affectionately called — and a year later, they’re at 57. In July, they took over the former digs of blogging outfit Six Apart. GitHub is growing fast — and it hasn’t taken a dime of venture funding.]]
E o mundo do software adora. O GitHub tem mais de 1.3 milhões de usuários, e mais de 2 milhões de repositórios de código — oito vezes maior que dois anos atrás. Se considerar pedaços de código e páginas de wiki que são armazenadas no site, são mais de 4 milhões de repositórios. Dois anos atrás, GitHub era um time com oito pessoas, que faziam reuniões em cafés de São Francisco. No início de 2011, o time havia crescido para 14 “hubbernauts” — que é como os funcionários do GitHub são afetuosamente chamados — e um ano depois, eles já são 57. Em julho, eles assumiram as antigas instalações da empresa de blogs Six Apart. O GitHub está crescendo rápido — e não recorreu a nenhum centavo de fundos de investimento.
[[Once you’ve heard about GitHub, you start to see it almost everywhere. Sometimes, it’s hosting the code that underpins a big-name website. Other times, it’s driving a secret skunkworks project inside a Fortune 500 company. It has brought open source software that much closer to fulfilling its promise — but it doesn’t stop there. It’s also democratizing the creation of web pages and DNA analysis tools and maybe even the law of the land.]]
Uma vez que se escuta falar sobre o GitHub, voce começa a vê-lo em praticamente todo lugar. Algumas vezes está hospedando o código que sustenta algum website de renome. Outras vezes, está mantendo algum projeto secreto de empresas listadas na Fortune 500. O GitHub fez com que o software livre chegasse mais perto da sua promessa inicial - mas não para por aí. Também está democratizando a criação de páginas web e aplicativos para análise de DNA e até mesmo a lei da terra.
[[“GitHub has changed the way that people approach development,” says Tom Preston-Werner, the company’s chief technology officer. “They realize that it doesn’t have to be so complex.”]]
"GitHub mudou a forma que as pessoas enxergam o desenvolvimento de software," diz Tom Preston-Werner, CTO do GitHub. "Eles perceberam que não precisa ser tão complicado."
[[Git Scratches Itch]]
Git Arranha a Coceira
[[Like so many other successful geek projects, GitHub began with coders scratching their own itch. About five years ago, Wanstrath and fellow programmer P.J. Hyett were both slinging code at Cnet, the tech news and reviews site. Their language of choice was Ruby on Rails, a programming framework that makes it easy to develop Web applications.]]
Assim como outros projetos de geeks que tiveram sucesso, o GitHub começou com desenvolvedores coçando a própria coceira. Aproximadamente 5 anos atrás, Wanstrath e seu amigo programador P.J. Hyett estavam desenvolvendo na Cnet, o site de notícias e críticas de tecnologia. A linguagem escolhida por eles foi Ruby e o framework Rails, que facilitava o desenvolvimento de aplicações Web.
[[As they built out their sites at Cnet, Wanstrath and Hyett wound up making a lot of improvements to Ruby on Rails itself. But they found it wasn’t so easy to get those changes integrated back into the open-source project. Following the then-dominant model of open source development, Rails was managed by a cadre of trusted coders who’d been given permission to “commit” changes to the project’s source code. To get one of their changes added to the central code, Wanstrath and Hyett would have to lobby one of those trusted coders and convince him that their change was worth integrating. That was often more work than writing the code in the first place.]]
Enquanto eles construiam os sites no Cnet, Wanstrath e Hyett acabaram implementando muitas melhorias no Ruby on Rails. Mas, eles descobriram que não era tão fácil fazer com que essas melhorias fossem integradas de volta ao projeto de software livre. Seguindo o modelo então dominante de desenvolvimento de software livre, o Rails era gerenciado por um grupo de programadores de confiança que tinham permissão para "commitar" as mudanças no código fonte do projeto.
Para fazer com que uma alteração fosse incluida no repositório central, Wanstrath e Hyett tiveram que convencer um dos desenvolvedores de confiança daquele projeto para que a mudança deles valesse a pena e fosse integrada. Esse trabalho normalmente levava mais tempo do que desenvolver a melhoria.
[[They weren’t the only developers chafing under that Trusted Gatekeeper model of open source. A decade ago, Linus Torvalds found himself struggling to manage his role as gatekeeper of the Linux operating system he invented. In the beginning, Torvalds hosted Linux on a website belonging to the University of Helsinki. If people found a bug in the code, they’d send him a file with the changes via e-mail. If Torvalds read the e-mail and liked the changes, he’d incorporate them into Linux. But Torvalds is notorious for not reading all of his e-mail, so as the project got popular, more and more submissions were slipping through the cracks.]]
Eles não eram os únicos desenvolvedores impacientes que precisavam de um intermediário de confianca para contribuir com o software livre. Uma década atrás, Linus Torvalds estava lutando para lidar com a sua posição de guardião do sistema operacional Linux, que ele inventou. No começo, Torvalds hospedava o Linux em um website que pertencia a Universidade de Helsinki. Se as pessoas encontrassem um problema no código, elas tinham que enviar para ele o arquivo com as alterações via e-mail. Se Torvalds lesse o email e gostasse das alterações ele incorporava as mudanças no Linux. Mas, Torvalds é notóriamente conhecido por não ler todos os seus emails, então quando o projeto se popularizou, mais e mais emails de sugestões e correções acabaram sendo perdidos.
[[This was the dirty little secret of open-source software. With the average free software project, large amounts of code — maybe even most code — never actually got used. It was often just too hard for casual users to show developers the changes they’d made and then easily merge those changes back into the open-source code base.]]
Esse era o segredo escuro do software livre. Como a média dos projetos de software livre, grandes quantidades de código - talvez até maioria do código - nunca foi de fato utilizado. Normalmente, era muito díficil para os desenvolvedores casuais mostrarem aos desenvolvedores "oficiais" as suas mudanças e fazerem com que esses últimos integrassem facilmente essas mudanças de volta ao respositório central do projeto de software livre.
[[The Second Coming of Linus]]
A segunda aparição de Linus
[[So in 2005, Torvalds created Git, version control software specifically designed to take away the busywork of managing a software project. Using Git, anybody can tinker with their own version of Linux — or indeed any software project — and then, with a push of a button, share those changes with Torvalds or anyone else. There is no gatekeeper. In practical terms, Torvalds created a tool that makes it easy for someone to create an alternative to his Linux project. In technical terms, that’s called a “fork”.]]
Então em 2005, Torvalds criou Git, um software para controle de versão projetado específicamente para remover o árduo trabalho de gerenciar projetos de software livre. Usando Git, qualquer um poderia trabalhar com a sua própria versão do Linux - ou de qualquer outro projeto de software - e então, com o clique de um botão, compartilhar essas alterações com Torvalds ou qualquer outra pessoa. Não existindo nenhum guardião do código fonte. Em termos práticos, Torvalds criou uma ferramenta que possibilita e facilita que outras pessoas criem versões alternativas do seu projeto Linux. Em termos técnicos, chamamos isto de criar um "fork".
[[Back in the 1990s, forking was supposed to be a bad thing. It’s what created all of those competing, incompatible versions of Unix. For a while, there was a big fear that someone would somehow create their own fork of Linux, a version of the operating system that wouldn’t run the same programs or work in the same way. But in the Git world, forking is good. The trick was to make sure the improvements people worked out could be shared back with the community. It’s better to let people fork a project and tinker away with their own changes, than to shut them out altogether by only letting a few trusted authorities touch the code.]]
Em 1990, forking era considerado uma coisa ruim. Foi o que criou toda a competição, versões incompatíveis de Unix. Por um momento, houve um grande temor que alguem criasse o próprio fork do Linux, uma versão do sistema operacional que não executaria os mesmos programas ou que não funcionasse do mesmo modo. Mas no mundo do Git, forking é bom. O segredo era garantir que as melhorias que as pessoas estavam trabalhando pudessem ser compartilhadas com o resto da comunidade. É melhor que várias pessoas façam o fork de um projeto e cada uma contribua do seu jeito com as suas mudanças do que silenciar a todos, permitindo que apenas poucos contribuidores confiáveis possam tocar no código fonte.
[[On a rare sunny February day in Portland, Torvalds demonstrates Git for Wired at his home office. With a few keystrokes, he quickly spots two new kernel submissions that change the same kernel code in different ways, a potential problem source.]]
Em um raro dia ensolarado em Fevereiro na cidade de Portland, Torvalds demonstrou o Git para Wired em seu escritório em casa. Com apenas algumas tecladas, ele rapidamente encontrou duas novas submissões ao kernel que alteraram o mesmo trecho de código de maneiras diferentes, uma possível fonte de problemas.
[[The old regime “makes it very hard to start radical new branches because you generally need to convince the people involved in the status quo up-front about their need to support that radical branch,” Torvalds says. “In contrast, Git makes it easy to just ‘do it’ without asking for permission, and then come back later and show the end result off — telling people ‘look what I did, and I have the numbers to show that my approach is much better.’”]]
No antigo regime "é muito difícil começar novos grandes "branches" porque você geralmente precisa logo de início convencer as pessoas envolvidas com a situação atual do código, mostrando a sua necessidade para que elas apoiem esse "branch", diz Torvalds. "Em contraste, o Git torna mais fácil o 'fazer' sem pedir permissão, e, em seguida, voltar mais tarde e mostrar o resultado final - dizendo às pessoas 'olha o que eu fiz, e eu tenho os números para mostrar que a minha abordagem é muito melhor.'"
[[It may have been built for Linux, but Git quickly proved to be a godsend for any large organization managing giant code bases. Today, Facebook, Staples, Verizon and even Microsoft are users. At Google, Git is so important that the company pays Junio Hamano – who took over the project from Torvalds – to work on Git fulltime, and also pays the salary for the project’s second-in-command, Shawn Pearce. ]]
Ele pode ter até ter sido criado para o Linux, mas o Git rapidamente provou ser uma dádiva para qualquer grande organização que gerencia grandes bases de código-fonte. Hoje, Facebook, Staples, Verizon e até a Microsoft são usuários. No Google, o Git é tão importante que a empresa paga Junio Hamana - que assumiu o controle do projeto de Torvalds - para trabalhar no Git em tempo integral, e também paga o salário do segundo homem no comando do projeto, Shawn Pearce.
[[Git Without the ‘Pain in the Ass’]]
Git sem o "Pé no Saco"
[[The problem is that not everyone is Linus Torvalds, and not every company is Google. For the 99 percent, Git’s command-line interface is notoriously difficult to use. That’s where GitHub comes in. It simplifies Git. A lot. Its first slogan was: “Git hosting: No longer a pain in the ass.”]]
O problema é que nem todo mundo é Linus Torvalds, e nem toda empresa é o Google. Para os 99 porcento, a interface da linha de comando do Git é conhecido por ser difícil de usar. É aí que entra o GitHub. Ele simplifica o Git. Muito. O seu primeiro slogan era: “Git hosting: No Longer a pain in the ass.” (Tradução não literal: “Git hosting: Não é mais um pé no saco.”)
[[Tom Preston-Werner dreamed up GitHub and roped Chris Wanstrath into the project one night in October 2007 at a coder’s meet-up at Zeke’s, a San Francisco sports bar a few blocks from the downtown stadium where the San Francisco Giants play.]]
Tom Preston-Werner idealizou o GitHub e puxou Chris Wanstrath para o projeto em uma noite de Outubro de 2007 em um encontro de programadores no Zeke’s, um bar de esportes em San Francisco há algumas quadras do estádio do centro da cidade onde os San Francisco Giants jogam.
[[At first, GitHub was a side project. Wanstrath and Preston-Werner would meet on Saturdays to brainstorm, while coding during their free time and working their day jobs. “GitHub wasn’t supposed to be a startup or a company. GitHub was just a tool that we needed,” Wanstrath says. But — inspired by Gmail — they made the project a private beta and opened it up to others. Soon it caught on with the outside world.]]
Em um primeiro momento, o Github era um projeto paralelo. Wanstrath e Preston-Werner se encontravam aos sábados para fazer um brainstorm, enquanto programavam no seu tempo livre e trabalhavam no seu trabalho diário. “GitHub não era para ser uma startup ou uma empresa. GitHub era apenas uma ferramenta que nós precisávamos,” conta Wanstrath. Mas — inspirados pelo Gmail — eles fizeram um projeto beta privado e abriram para os outros. Logo o projeto pegou no mundo exterior.
[[By January of 2008, Hyett was on board. And three months after that night in the sports bar, Wanstrath got a message from Geoffrey Grosenbach, the founder of PeepCode, an online learning site that had started using GitHub. “I’m hosting my company’s code here,” Grosenbach said. “I don’t feel comfortable not-paying you guys. Can I just send a check?”]]
Em Janeiro de 2008, Hyett estava a bordo. E três mêses depois daquela noite no bar de esportes, Wanstrath recebeu uma mensagem de Geoffrey Grosenbach, o fundador do PeepCode, um site de aprendizado online que começou a usar o GitHub. “Eu estou hospedando o código da minha empresa aqui,” Grosenbach falou. “Eu não me sinto confortável em não pagar vocês. Posso enviar um cheque?”
[[It was the first of many. In July 2008, Microsoft acquired Powerset, the startup that was providing Preston-Werner with a day job. The software giant offered Preston-Werner a $300,000 bonus and stock options to stay on board for another three years. But he quit, betting everything on GitHub.]]
Foi a primeiro de muitos. Em julho de 2008, Microsoft adquiriu Powerset, a startup que estava provendo um trabalho durante o dia para Preston-Werner. A gigante de software oferecer a Preston-Werner um bônus de $300,000 dólares e ações para ele ficar na empresa por mais três anos. Mas ele saiu da empresa, apostando tudo no GitHub.
[[“It was a little scary at the time to give up something like that, but I would not change anything about that decision at all,” he says now.]]
“Foi um pouco assustador na hora de desistir de algo assim, mas eu não mudaria nada sobre aquela decisão", ele diz agora.
[[When Wired visited GitHub’s offices earlier this year, we found a bit of a geeks’ paradise. There’s an iPhone-controlled quadcopter and a four-tap kegerator, and a conference room that’s a low-budget knockoff of the White House’s situation room, complete with a massive 1970's style red phone. But the toys aren’t what makes GitHub different. It’s the startup’s outright hostility toward corporate command-and-control that really sets it apart.]]
Quando a Wired visitou o escritório do GitHub no início deste ano, nós encontramos uma espécie de um paraíso para geeks. Tem um quadcoptero controlado por um iPhone e um kegerator com quatro torneiras, e uma sala de reuniões que é uma imitação de baixo orçamento da "sala de situação" da Casa Branca, completa com um telefone vermelho estilo anos 70. Mas os brinquedos não são o que fazem o GitHub diferente. É a hostilidade de uma startup em relação ao comando e controle corporativo que os distingue.
[[“We don’t keep track of vacation days; we don’t keep track of hours. It doesn’t matter to us,” says CIO Scott Chacon. “I’ve been here at midnight and there are five people here. And I’ve been here in the middle of the day on a Thursday and there’s nobody here.”]]
“Nós não mantemos controle sobre dias de férias; nós não mantemos controle das horas. Isto não importa para a gente", diz o CIO Scott Chacon. “Já estive aqui meia noite e tinham cinco pessoas por aqui. E eu já estive aqui no meio do dia de uma quinta-feira e não tinha ninguém".
[[And yet it’s the most productive software development team he’s ever worked on, Chacon says.]]
E ainda assim é o mais produtivo time de desenvolvimento de software que ele já trabalhou, diz Chacon.
[[Git to the Future]]
Git para o futuro
[[Preston-Werner’s bet has paid off. GitHub is now profitable. Users can sign up for free and start contributing, but they pay money if they want to privately host code there — starting at $7 per month. GitHub also sells an enterprise product that lets companies run your own version of GitHub behind the corporate firewall. That starts at $5,000 per year, but can cost hundreds of thousands annually for companies with hundreds of coders.]]
A aposta de Preston-Werner se pagou. O GitHub é agora lucrativo. Usuários podem se registrar gratuitamente e começar a contribuir, mas eles podem pagar dinheiro se quiserem hospedar código privado por lá — iniciando em $7 dólares por mês. O GitHub também vende uma versão enterprise do produto que permite as empresas rodarem sua própria versão do GitHub atrás do seu firewall corporativo. Esta inicia em $5,000 dólares por ano, mas pode custar centenas de milhares de dólares anualmente para empresas com centenas de desenvolvedores.
[[Ironically, though, GitHub’s die-hard fans don’t include Torvalds, who briefly moved Linux kernel development to GitHub last September following a security breach at its old home.]]
Apesar disto, ironicamente, os fãs vitalícios do GitHub não incluem Torvalds, que recentemente moveu o desenvolvimento do Kernel Linux para o GitHub setembro passado, depois de uma falha de segurança na antiga casa.
[[“I like GitHub a lot,” he says. “There’s a reason it became one of the biggest source code repositories rather quickly.” But he then unfurls a long list of all the “serious” problems he had with it when he hosted his code on the site — many of which have since been fixed. He couldn’t filter comments, the e-mail interface dropped attachments, the web interface messed up code contributions, and so on. The bottom line: GitHub makes it easy to code. But it can also make it easy to generate crap.]]
“Eu gosto muito do GitHub", ele diz. “Tem uma razão para ter se tornado um dos maiores repositórios de código fonte bastante depressa”. Mas depois ele abre uma longa lista de todos problemas "sérios" que ele teve quando hospedou seu código fonte no site - vários que já foram corrigidos. Ele não conseguia filtrar comentários, a interface de e-mail perdia anexos, a interface bagunçou contribuições, e por aí vai. Em resumo: o GitHub facilita o trabalho de codificação. Mas também pode facilitar a geração de porcarias.
[[That may be true, but it hasn’t held the site back. GitHub users are seemingly everywhere. On recent afternoon in San Francisco’s North Beach neighborhood, Wired was discussing the site with GitHub director of engineering Ryan Tomayko. Suddenly the guy at the next table leaned over and interrupted, like a teenager overhearing two strangers talk about his favorite band. “I just have to tell you,” he said, “GitHub is amazing.”]]
Isto até pode ser verdade, mas não tem segurado o site. Usuários do GitHub estão por toda a parte. Em uma tarde recente no bairro North Beach de São Francisco, a Wired estava discutindo sobre o site com o diretor de engenharia Ryan Tomayko. De repente uma pessoa na mesa ao lado inclinou-se e interrompeu, como um adolescente ouvindo dois estranhos falando sobre a sua melhor banda. “Eu tenho que dizer para você", ele disse, "O GitHub é demais".
[[It’s even feeding the Occupy movement. When Jonathan Baldwin wanted to write a cell-phone version of the People’s Microphone, used by Occupy to pass messages around big crowds, he posted his code straight to GitHub. The site let him share his code easily, and quickly connect with other developers to hammer out technical issues. “GitHub is the best thing ever. If you don’t host on GitHub, it doesn’t exist,” says Baldwin, a student at Parsons the New School for Design in New York.]]
Está até mesmo alimentando o movimento Occupy. Quando Jonathan Baldwin quis escrever uma versão para celular do People’s Microphone, usado pelo Occupy para enviar mensagens em grandes multidões, ele postou o código fonte direto no GitHub. O site deixou ele compartilhar o código de forma simples, e rapidamente conectou com outros desenvolvedores para resolver problemas técnicos. “GitHub é a melhor coisa já criada. Se você não hospeda no GitHub, não existe", diz Baldwin, um estudante da escola de design Parsons, de Nova Iorque.
[[And software is only part of the story. Geeks are learning that GitHub can help manage other projects as well. Books and even transcripts of talks have popped up on the site. One GitHub user, Manu Sporny, published his DNA information to the site last year, in the hope of spurring development of open-source DNA analysis software by providing real test data to analyze.]]
E software era apenas parte da história. Geeks estão aprendendo que o GitHub pode ajudar outros tipos de projetos também. Livros e transcrições de palestras apareceram no site. Um dos usuários do GitHub, Manu Sporny, publicou a informação do seu DNA no site ano passado, na esperança de estimular o desenvolvimento de uma ferramenta de análise de DNA open-source provendo dados reais para serem analisados.
[[When Scott Chacon wrote a book about Git, the first fork appeared within a month. It was a German translation of his book. Now, three years later, it’s been translated into 10 languages, with another 10 translations in the works. Half of the traffic to the book’s website comes from China. “Tons of people in China are learning Git because they can read [the book] in Chinese on my website, because somebody provided that,” he says.]]
Quando Scott Chacon escreveu um livro sobre Git, o primeiro fork apareceu depois de um mês. Era uma tradução para alemão do seu livro. Agora, três anos depois, já foi traduzido para mais de 10 idiomas, com outras 10 traduções em andamento. Metade do tráfego para o site do livro vem da china. “Milhares de pessoas na China estão aprendendo Git porque elas podem ler [o livro] em Chinês no meu website, porque alguém proveu isto", diz.
[[Ryan Blair, a technologist with the New York State Senate, thinks it could even give citizens a way to fork the law — proposing their own amendments to elected officials. A tool like GitHub could also make it easier for constituents to track and even voice their opinions on changes to complex legal code. “When you really think about it, a bill is a branch of the law,” he says. “I’m just in love with the idea of a constituent being able to send their state senator a pull request.”]]
Ryan Blair, um profissional de tecnologia que trabalha no Senado do Estado de Nova Iorque, pensa que isto poderia dar aos cidadãos uma maneira de fazer um "fork" nas leis - propondo alterações para os eleitos. Uma ferramenta como o GitHub também facilitaria o trabalho dos constituintes de acompanhar e dar voz as suas opiniões em mudanças em completos códigos legais. “Quando você realmente pensa sobre isto, um projeto de lei nada mais é do que um branch da lei", ele diz. “Estou adorando a ideia de um constituinte ser capaz de enviar ao seu Senador um pull request".
[[GitHub today is the darling of the open-source world, but this year, the company has set its sights on Microsoft. The company recently hired a pair of developers from the software giant, and it’s working on new software to rope in the still-considerable army of coders who write programs using Microsoft’s software development tools.]]
GitHub é hoje a queridinha do mundo open source, mas neste ano, a empresa está olhando para a Microsoft. A empresa recentemente contratou um par de desenvolvedores que vieram da gigante de software, e está trabalhando em um novo software para engajar a grande comunidade que desenvolve software usando as ferramentas de desenvolvimento da Microsoft.
[[“I want to live in a world where it’s easier to work together than to work alone… where every part of the software development process is a joy,” says CEO Wanstrath. “And I think GitHub can help make that happen.]]
“Eu quero viver em um mundo onde é mais fácil trabalhar junto do que sozinho... onde toda parte do processo de desenvolvimento de software é uma diversão”, diz Wanstrath, CEO. “E eu acho que o GitHub pode ajudar a fazer isto acontecer".
[[SIDEBAR:]]
BARRA LATERAL:
[[Why Git? It’s the British slang term for stupid, despicable person — arse. The joke “I name all my projects for myself, first Linux, then git” was just too good to pass up. But it is also short, easy-to-say, and type on a standard keyboard. And reasonably unique and not any standard command, which is unusual.–Linus Torvalds]]
Porque Git? É uma gíria inglesa para estúpido, pessoa desprezível - burra. A piada "Eu nomeio todos meus projetos para eu mesmo, primeiro Linux e agora git" era boa demais para deixar passar. Mas também é pequeno, fácil de dizer e digitar em um teclado padrão. E razoavelmente único e não é nenhum comando padrão, o que não é comum.-Linus Torvalds